quinta-feira, 17 de setembro de 2009

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Curiosidades


As festas juninas são uma das manifestações culturais brasileiras mais expressivas.
São as preferidas das crianças, que, entra ano, sai ano, ensaiam a quadrilha na escola e aguardam com ansiedade o fim de junho e a festança antes das férias. Os adultos freqüentam os arraiais, deliciam-se com as comidas e bebidas e arriscam até dançar um bom forró.
No entanto, apesar de as festas juninas estarem tão presentes em nossa cultura, poucos sabem a sua origem e conhecem a história de seus diversos componentes.
Origem das Festas Juninas
O calendário das festas católicas é marcado por diversas comemorações de dias de santos. Seu ciclo mais importante se inicia com o nascimento de Jesus Cristo e se encerra com sua paixão e morte. Na tradição brasileira, as maiores festas são Natal, Páscoa e São João. As comemorações de cunho religioso foram apropriadas de tal forma pelo povo brasileiro que ele transformou o Carnaval - ritual de folia que marca o início da Quaresma, período que vai da quarta-feira de Cinzas ao domingo de Páscoa - em uma das maiores expressões festivas do Brasil no decorrer do século XX.
Do mesmo modo, as comemorações de São João (24 de junho) fazem parte de um ciclo festivo que passou a ser conhecido como festas juninas e homenageia, além desse, outros santos reverenciados em junho: Santo Antônio (dia 13) e São Pedro e São Paulo (dia 29).
Se pesquisarmos a origem dessas festividades, perceberemos que elas remontam a um tempo muito antigo, anterior ao surgimento da era cristã. De acordo com o livro O Ramo de Ouro, de sir James George Frazer, o mês de junho, tempo do solstício de verão (no dia 21 ou 22 de junho o Sol, ao meio-dia, atinge seu ponto mais alto no céu, esse é o dia mais longo e a noite mais curta do ano) no Hemisfério Norte, era a época do ano em que diversos povos - celtas, bretões, bascos, sardenhos, egípcios, persas, sírios, sumérios - faziam rituais de invocação de fertilidade para estimular o crescimento da vegetação, promover a fartura nas colheitas e trazer chuvas.
Na verdade, os rituais de fertilidade associados ao cultivo das plantas, incluindo todo o ciclo agrícola - a preparação do terreno, o plantio e a colheita -, sempre foram praticados pelas mais diversas sociedades e culturas em todos os tempos. Das tradições estudadas por Frazer destacam-se os ritos celebrados nas terras do Mediterrâneo oriental (Egito, Síria, Grécia, Babilônia) com o objetivo de regular as estações do ano, especialmente a passagem da primavera para o verão, que sela a superação do inverno.
A festa de São João
João Batista, primo de Jesus Cristo, nasceu no dia 24 de junho, alguns anos antes de seu primo Jesus Cristo, e morreu em 29 de agosto do ano 31 d.C., na Palestina. Foi degolado por ordem de Herodes Antipas a pedido de sua enteada Salomé, pois a pregação do filho de Santa Isabel e São Zacarias incomodava a moral da época. Antes mesmo de Jesus, João Batista já pregava publicamente às margens do Rio Jordão. Ele instituiu, pela prática de purificação através da imersão na água, o batismo, tendo inclusive batizado o próprio Cristo nas águas desse rio.
São João ocupa papel de destaque nas festas, pois, dentre os santos de junho, foi ele que deu ao mês o seu nome (mês de São João) e é em sua homenagem que se chamam “joaninas” as festas realizadas no decurso dos seus trinta dias. O dia 23 de junho, véspera do nascimento de São João e início dos festejos, é esperado com especial ansiedade. Segundo Frei Vicente do Salvador, um dos primeiros brasileiros a escrever a história de sua terra, já no ano de 1603 os índios acudiam a todos os festejos portugueses, em especial os de São João, por causa das fogueiras e capelas.
São João é muito querido por todos, sem distinção de sexo nem de idade. Moças, velhas, crianças e homens o fazem de oráculo nas adivinhações e festejam o seu dia com fogos de artifício, tiros e balões coloridos, além dos banhos coletivos de madrugada. Acende-se uma fogueira à porta de cada casa para lembrar a fogueira que Santa Isabel acendeu para avisar Nossa Senhora do nascimento do seu filho.
São João, segundo a tradição, adormece no seu dia, pois se estivesse acordado vendo as fogueiras que são acesas para homenageá-lo não resistiria: desceria à Terra e ela correria o risco de incendiar-se.
Em festa de São João, na maioria das regiões brasileiras, não faltam fogos de artifício, fogueira, muita comida (o bolo de São João, principalmente nos bairros rurais, é essencial), bebida e danças típicas de cada localidade.
No Nordeste, por exemplo, essa festa é tão tradicional que no dia 23 de junho, depois do meio-dia, em algumas localidades ninguém mais trabalha. Enfeitam-se sítios, fazendas e ruas com bandeirolas coloridas para a grande festa da véspera de São João. Prepara-se a lenha para a grande fogueira, onde serão assados batata-doce, mandioca, cebola do reino e milho. Em torno dela sentam-se os familiares de sangue e de fogueira.
O formato da fogueira varia de lugar para lugar: pode ser quadrada, piramidal, empilhada… Quanto mais alta, maior é o prestígio de quem a armou. A madeira utilizada também varia bastante: pinho, peroba, maçaranduba, piúva. Não se queimam cedro, imbaúba nem as ramas da videira, por terem uma relação estreita com a passagem de Jesus na terra.
Os balões levam, segundo os devotos, os pedidos para o santo. Quando a fogueira começa a queimar, o mastro, que recebeu a bandeira do santo homenageado, já se encontra preparado. Ele é levantado enquanto se fazem preces, pedidos e simpatias.
Depois do levantamento do mastro, tem início a queima de fogos, soltam-se os busca-pés e as bombinhas. A arvorezinha, também chamada de mastro, que é plantada em frente às casas e, no lugar da festa, é plantada perto da fogueira, está enfeitada com laranja, milho verde, coco, presentes, garrafas, etc.
A cerimônia do batismo simbólico de São João Batista faz parte da tradição da festa, mesmo que ela tenha deixado de ser praticada em alguns lugares hoje em dia. Os devotos se dirigem ao rio cantando com entusiasmo.
A cerimônia do banho varia de uma região para outra. No Mato Grosso, por exemplo, não são as pessoas que se banham nos rios, e sim a imagem do santo. Na Região Norte, principalmente em Belém e Manaus, o banho-de-cheiro faz parte das tradições juninas. A preparação do banho de São João inicia-se alguns dias antes da festa. Trevos, ervas e cipós são pisados, raízes e paus são ralados dentro de uma bacia ou cuia com água e depois guardados em garrafas até o momento do banho. Chegada a hora da cerimônia, os devotos lavam e esfregam o corpo com esses ingredientes.
Acredita-se que o banho-de-cheiro tenha o poder mágico de trazer muita felicidade às pessoas que o praticam.
As danças regionais, o som de violas, rabecas e sanfonas, o banho do santo, o ato de pular a fogueira, a fartura de alimentos e bebidas - tudo isso transforma a festa de São João numa noite de encantamento que inspira amores e indica a sorte de seus participantes. No fim da festa, todos pisam as brasas da fogueira para demostrar sua devoção.
A lenda do surgimento da fogueira de São João
Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceriaseu filho, que se chamaria João Batista.
Nossa Senhora então perguntou:
- Como poderei saber do nascimento dessa criança?
- Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele.
Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica. Isso se deu no dia 24 de junho.
A lenda das bombas de São João
Antes de São João nascer, seu pai, São Zacarias, andava muito triste por não ter filhos. Certa vez, um anjo de asas coloridas, envolto em uma luz misteriosa, apareceu à frente de Zacarias e anunciou que ele seria pai.
A alegria de Zacarias foi tão grande que ele perdeu a voz desse momento em diante. No dia do nascimento do filho, perguntaram a Zacarias como a criança se chamaria. Fazendo um grande esforço, ele respondeu “João” e a partir daí recuperou a voz. Todos fizeram um barulhão enorme. Eram vivas para todos os lados.
Vem daí o costume de as bombinhas, tão apreciadas pelas crianças, fazerem parte dos festejos juninos.

Origem da quadrilha
Também chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta, é muito comum nas festas juninas. Consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou.
Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII, tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma adaptação da country danse inglesa, segundo os estudos de Maria Amália Giffoni.
A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música.
A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão. Nossos compositores deram um colorido brasileiro à sua música e hoje uma das canções preferidas para dançar a quadrilha é “Festa na roça”, de Mario Zan.
O marcador, ou “marcante”, da quadrilha desempenha papel fundamental, pois é ele que dá a voz de comando em francês não muito correto misturado com o português e dirige as evoluções da dança. Hoje, dança-se a quadrilha apenas nas festas juninas e em comemorações festivas no meio rural, onde apareceram outras danças dela derivadas, como a quadrilha caipira, no estado de São Paulo, o baile sifilítico, na Bahia e em Goiás, a saruê (combina passos da quadrilha com outros de danças nacionais rurais e sua marcação mistura francês e português), no Brasil Central, e a mana-chica (quadrilha sapateada) em Campos, no Rio de Janeiro.
A quadrilha é mais comum no Brasil sertanejo e caipira, mas também é dançada em outras regiões de maneira muito própria, caso de Belém do Pará, onde há mistura com outras danças regionais. Ali, há o comando do marcador e durante a evolução da quadrilha dança-se o carimbó, o xote, o siriá e o lundum, sempre com os trajes típicos.

As festas atuais
As festas atuais, principalmente as escolares, estão trocando as bebidas alcoólicas, tradicionalmente chamadas “quentões” por bebidas sem álcool, com sucos e outros temperos.
Também as ventimentas, tradicionalmente chamadas de “caipiras” estão sendo substituídas por figurinos de cowboys, os chamados “country”.


fonte:http://www.baixinho.net/festas-juninas-fogueiras-quadrilhas/
Postados por Bárbara Rocha e Ianna Aguilar.




Origem da fogueira


De origem européia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.
Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.


Outras danças e canções

No nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião,o xote,o reizado,o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.e algumas vezes musicas antigas de autores famosos.


Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_junina#Origem_da_fogueira
Postado por Ianna Aguilar











Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).


Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
TradiçõesAs tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm
Postado por Bárbara Rocha,Ianna Aguilar,Alex Cordeiro e Filipe Furtunato.